domingo, 11 de novembro de 2007


A CARTA DA TERRA
(Minuta do Documento de Referência II)
Abril 1999
Preâmbulo
No nosso diverso, mas crescente mundo interdependente, é urgente que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns aos outros, com a grande comunidade da vida e com as gerações futuras. Somos uma só família humana e uma só comunidade terrestre com um destino comum.
A escolha é nossa: cuidar da Terra e uns aos outros, ou participar da destruição de nós mesmos e da diversidade da vida.

Entre os valores que se afirmam na minuta de referência encontramos
I. PRINCÍPIOS GERAIS
1. Respeitar a Terra e a vida,
2. Cuidar a comunidade da vida em toda sua diversidade,.
3. Esforçar-se por edificar sociedades livres, justas, participativas, sustentáveis e pacíficas,
4. Garantir a abundância a beleza da Terra para as gerações atuais e futuras.
II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA
5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial preocupação pela diversidade biológica e pelos processos naturais que sustentam e renovam a vida.
6. Prevenir o dano ao ambiente, como o melhor método de proteção ecológica e, quando o conhecimento for limitado, tomar a senda da prudência.
7. Tratar todos os seres vivos com compaixão e protegê-los de crueldade e de destruição desnecessária.
III. UMA ORDEM ECONÔMICA JUSTA E SUSTENTÁVEL
8. Adotar padrões de consumo, produção e reprodução que respeitem e protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.
9. Garantir que as atividades econômicas apoiem e promovam o desenvolvimento humano de forma eqüitativa e sustentável.
10. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social, econômico e ecológico..
11. Honrar e defender o direito de toda pessoa, sem discriminação, a um ambiente que favoreça sua dignidade, saúde corporal e bem-estar espiritual.
12. Impulsar em nível mundial o estudo cooperativo dos sistemas ecológicos, a disseminação e aplicação do conhecimento e o desenvolvimento, adoção e transferência de tecnologias limpas.
IV. DEMOCRACIA E PAZ
13. Estabelecer o acesso à informação, à participação inclusiva na tomada de decisões e à transparência, credibilidade e responsabilidade no exercício do governo.
14. Afirmar e promover a igualdade de gênero como pré-requisito do desenvolvimento sustentável.
15. Fazer do conhecimento, valores e habilidades necessárias para forjar comunidades justas e disponíveis para que sejam parte integral da educação formal e da aprendizagem ao longo da vida para todos.
16. Criar uma cultura de paz e cooperação.
Um novo começo

Quem escreveu a Carta da Terra?
No começo de 1997, a Comissão da Carta da Terra formou um comitê redator internacional que ajudou a conduzir o processo de consulta. A evolução e o desenvolvimento do documento refletem o progresso de um diálogo mundial sobre a Carta da Terra. Começando com o Esboço de Referência, o qual foi editado pela Comissão após o Foro Rio+5, no Rio de Janeiro, os esboços da Carta da Terra circularam internacionalmente como parte do processo de consulta. A versão final da.Carta foi aprovada pela Comissão na reunião celebrada na sede da UNESCO, em Paris, em março de 2000.

Como foi criada a Carta da Terra?
A Carta da Terra é o resultado de uma série de debates interculturais sobre objetivos comuns e valores compartilhados, realizados em todo o mundo por mais de uma década. A redação da Carta da Terra foi feita através de um processo de consulta aberto e participativo jamais realizado em relação a um documento internacional. Milhares de pessoas e centenas de organizações de todas as regiões do mundo, diferentes culturas e diversos setores da sociedade participaram. A Carta foi moldada tanto por especialistas como por representantes
das comunidades populares e o resultado é um

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Projeto: Criação da Agenda 21 na Escola


Projeto: Criação da Agenda 21 na escola
INTRODUÇÃO:
Os novos conceitos de desenvolvimento, desenhados ao longo dos anos, especialmente a partir dos anos 50, pressupõem, nitidamente, que a sua evolução passou por diversos fatores históricos, políticos, econômicos e sociais e, para se chegar ao desenvolvimento sustentável, à vertente ambiental foi fundamental para que se consagrasse esse “novo modelo”.
Neste cenário, a Agenda 21 - construída a partir de um esforço conjunto de 179 países reunidos na ECO-Rio 92 que se propuseram a implementá-la - entrou na vida de nossas sociedades como um instrumento participativo de planejamento e ações para um futuro melhor.
JUSTIFICATIVA:
Ao implementar um projeto de educação para o ambiente, estaremos facilitando aos alunos e à população uma compreensão fundamental dos problemas existentes, da presença humana no ambiente, da sua responsabilidade e do seu papel crítico como cidadãos de um país e de um planeta. Desenvolveremos assim, as competências e valores que conduzirão a repensar e avaliar de outra maneira as suas atitudes diárias e as suas conseqüências no meio ambiente em que vivem.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Agenda 21 na Escola é um processo no qual a comunidade escolar, ou parte dela procura um consenso na preparação de um plano de ação para proporcionar procurar a sustentabilidade da escola (e do meio envolvente). A implementação deste projeto na escola pode contribuir ativamente para dinamizar uma verdadeira cultura participativa, o que implicaria uma aprendizagem coletiva com base num forte compromisso dos responsáveis e numa formação contínua de todos."O ensino é fundamental para conferir consciência ambiental e ética, valores e atitudes, técnicas e comportamentos em consonância com o desenvolvimento sustentável e que favoreçam a participação pública nas tomadas de decisão (Capítulo 36, Agenda 21)”.


O enfoque da Agenda 21 é multidisciplinar e transversal. Sua adoção como tema transversal, tal como proposto nos Parâmetros Curriculares Nacionais, permite discussões nas diferentes áreas do conhecimento. Pressupõe uma abordagem holística, transcendente às fronteiras de cada área/disciplina. Esse enfoque "transfronteiriço" permite experiências de ensino que congregam diferentes disciplinas, em esforços conjuntos e coordenados dos docentes. São amplas as possibilidades de trabalho na escola. Isso dependerá da preparação coletiva e interseção dos conhecimentos dos docentes das mais diversas áreas. A discussão da Agenda 21 permite também a realização de trabalhos de campo, para conhecimento da realidade que circunda os alunos, ampliando os limites da escola e buscando adquirir visão crítica do seu entorno. A Agenda 21, adotada como tema integrante do tema transversal Meio Ambiente, permitirá a formação de cidadãos mais conscientes de seus deveres e direitos.
As finalidades desta educação para o ambiente foram determinadas pela UNESCO, logo após a Conferência de Belgrado (1975) e são as seguintes:
"Formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com os problemas com eles relacionados, uma população que tenha conhecimento, competências, estado de espírito, motivações e sentido de empenhamento que lhe permitam trabalhar individualmente e coletivamente para resolver os problemas atuais, e para impedir que eles se repitam”
A Agenda 21 na Escola incentiva e soma esforços com o Grêmio Estudantil, a Associação de Pais e Mestres, o Conselho da Escola, a comunidade escolar, além de outras organizações, para discutir e realizar ações de proteção do meio ambiente e da promoção de ações que venham contribuir para a melhoria da qualidade de vida e a construção de sociedades sustentáveis.

ELABORAÇÃO DA AGENDA 21

PROBLEMA: Ausência de estudos voltados para a Educação Ambiental numa comunidade escolar.

ÁREA DE ATUAÇÃO: Escola pública

CARÊNCIA: Ausência da vontade de preservar e conservar o meio onde vive.
Fragilidade da conscientização no gasto da energia elétrica e do desperdício da água.
Falta da conscientização em relação ao desmatamento das áreas ambientais na localidade próxima à escola.

AGENDA 21
CAPÍTULO 1:

PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DO AMBIENTE ESCOLAR.

Promover a existência de infra-estrutura ambiental: água, saneamento, manejo dos resíduos, etc..
Formação de uma consciência ambiental nos alunos, ligados a existência de um trabalho de educação ambiental formal e informal, que dissemine informações ambientais.
Integração entre o ambiente escolar e o desenvolvimento dos alunos nessa comunidade.
Utilização eficaz de instrumentos econômicos que incentivam a preservação e a conservação do ambiente escolar.
CAPÍTULO 2:

CONSERVAÇÃO E GERENCIAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS E ELÉTRICOS NO AMBIENTE ESCOLAR

Promover o desenvolvimento sustentável do consumo de energia.
Controle do gasto da água na hora do intervalo
Promover um planejamento para evitar o desperdício da água.

CAPÍTULO 3:

COMBATE AO DESMATAMENTO DE ÁREAS AMBIENTAIS.

Aumento da proteção, do manejo sustentável e da conservação das áreas ambientais.
Promoção de métodos eficazes para aproveitar e restaurar as áreas ambientais.
Estímulo e promoção da participação popular e da educação sobre a questão do meio ambiente centrada nas áreas ambientais.
Promoção do papel da juventude e de sua participação ativa na proteção do meio ambiente.

CAPÍTULO 4:

PROMOÇÃO DA CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL ATRAVÉS DO ENSINO.

Formação de professores das escolas públicas, valorizando a importância da preservação e conservação do ambiente.
Permitir uma discussão dos temas ambientais, disseminação de informações relacionadas a eles e mecanismos de comunicação com a sociedade civil.
Promover uma educação para a conscientização ambiental através da disseminação e intercâmbio de informações e experiências por meio de cursos, seminários material didáticos, etc..